Criamos um futuro sustentável ao erradicarmos a pobreza

Caros companheiros,

No mês que Rotary dedica ao Desenvolvimento Económico e Comunitário, gostaria de chamar a atenção para o assustador facto de que “cerca de 800 milhões de pessoas vivem com menos de US$1,90 por dia”!

Como Rotários, contudo, devemo-nos orgulhar da ação que temos vindo a desenvolver para combater estes números. O Rotary tem apostado essencialmente na formação de líderes comunitários que se tornam recursos para as suas próprias comunidades.

Já foram ministrados cursos sobre finanças a mulheres, permitindo-lhes, assim, gerir o seu próprio programa de micro empréstimos e a criar o seu próprio negócio, interrompendo assim o ciclo de pobreza a que estavam destinadas. Com a ação do Rotary também foi possível aumentar os lucros de agricultores que obtiveram melhores colheitas após a aprendizagem sobre como, de uma forma sustentável, podiam aumentar a fertilidade dos solos.

Estes são apenas dois exemplos das múltiplas ações que o Rotary tem levado a cabo, já para não falar da formação a nível dos Direitos Humanos que, através da desconstrução de mitos e superstições promove a integração plena de todos os cidadãos. É por isso imperativo que os clubes continuem a trabalhar em projetos que permitam quebrar o ciclo de pobreza a que estão votadas algumas comunidades, sempre através de soluções sustentáveis, como afirmação, criando assim oportunidades de emprego e abrindo oportunidades a pessoas e comunidades para prosperarem financeira e socialmente, mudando assim as suas vidas.

Convém recordar que os Clubes têm ao seu dispor uma ferramenta que pode ser crucial para a concretização das suas ações: os Núcleos Rotários de Desenvolvimento Comunitário, grupos constituídos por pessoas que querem servir as suas comunidades, e que não sendo, contudo, Rotários, pela sua proximidade com as comunidades, garantem a sustentabilidade dos projetos iniciados pelos Rotários.

E porque estamos no mês de outubro, não posso deixar de recordar que no próximo dia 24 se comemora o Dia Mundial do Combate à Pólio. Os resultados da luta para a erradicação desta doença é algo de os Rotários se devem orgulhar pois em 1988 a pólio ainda era doença endémica em 125 países, com mais de 350 mil novos casos por ano e verificados por todas as partes do mundo. De então para cá, o Rotary e os seus parceiros conseguiram reduzir a incidência da pólio em mais de 99,9 %!

Não podemos, contudo, vacilar no nosso propósito. Com a instabilidade criada pelos recentes acontecimentos políticos e consequente migração das populações, bem como a pandemia que impediu a circulação dos agentes de saúde, a erradicação pretendida tornou-se um verdadeiro desafio.

Os Rotários, todavia, são pessoas de ação e, sobretudo, otimistas, pelo que nada nos fará desviar do caminho para a meta que traçamos: a erradicação da pólio!

E termino, desafiando os clubes a criarem qualquer tipo de evento que possa servir, por um lado, para chamar a atenção das comunidades para o trabalho que vimos desenvolvendo há décadas e, por outro lado, para angariar fundos.

Um forte abraço