O Futuro terá Educação centrada nos jovens e no ‘reskilling’
A pandemia de covid-19 empurrou todos os sectores da sociedade para o futuro, impondo a exigência de adaptação a novas tecnologias e a métodos até agora pouco explorados. Foi assim também na educação e continuará a ser ao longo do ano letivo que se iniciou neste mês de setembro. Mas o Rotary Talks de 24 de setembro, à volta do futuro da educação, dinamizado pelo Governador Sérgio Almeida, do Distrito 1970, mostrou que há muito mais em transformação.
“Hoje e no futuro, conhecimentos e competências são importantes em partes iguais no processo educativo”, vincou Annelli Rautiainen, Diretora do Centro de Inovação da Agência Nacional de Educação da Finlândia, incluindo nas competências não só o saber fazer, mas também as capacidades emocionais e sociais. “Vamos passar de uma aprendizagem centrada no professor para estar centrada no aluno. Devemos perguntar o que sabem os jovens? O que precisam? O que ambicionam para o futuro”, explicou a finlandesa, que também colabora com o programa de educação da OCDE.
Para já, no ensino superior, a aprendizagem será em ‘blended’, de acordo com a implementação do novo ano letivo da Universidade Católica Portuguesa, apostando no “professor como um facilitador”. “A covid veio evidenciar alguns desafios do ensino que já existiam. Sabemos que alguns empregos vão desaparecer e terá de existir uma aposta no ‘reskilling’ para fazer a diferenciação no contexto global”, alertou Isabel Braga da Cruz, presidente do Núcleo Regional do Porto desta instituição de ensino, parceira do D1970 de Rotary no projeto da Academia Paul Harris.
Como movimento de profissionais, o Rotary posiciona-se como “uma ponte para a sociedade, para a comunidade e para o futuro”, lembrou o Governador Sérgio Almeida, para justificar a importância do movimento continuar a ser visto como parceiro das instituições, ao mesmo tempo que age e dá contributos, como é o caso da Academia Paul Harris, cuja finalidade é potencializar jovens talentos, fazendo a ligação com o mundo empresarial.
E os jovens são tão importantes para Rotary que o Rotaract passou a ser considerado um clube do movimento. O impulsionador foi o Past-President de Rotary, Barry Rassin. Diretamente das Bahamas, Rassin instou à aposta nos jovens, nas suas capacidades. “Vão ser os nossos futuros líderes, temos obrigação de os formar”, disse, Barry Rassin, que é igualmente membro da direção da Universidade das Bahamas.
Andreas Schleicher, diretor do Programa de Educação e Capacidades da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), teve um imprevisto e não conseguiu estar presente, como anunciado, mas manifestou a vontade de participar numa outra sessão do Rotary Talks.
O vídeo da sessão está disponível no site e nas redes sociais do Distrito 1970.