Rotary talks – Saúde: foco deve ser na prevenção e não no tratamento
Tendo como tema “A saúde no século XXI”, os Distrito 1970 e 2080 de Rotary International dinamizaram, na quinta-feira, 17 de dezembro, uma reflexão sobre o presente e futuro da saúde em dois países largamente afetados pela pandemia da covid-19, apoiados por dois profissionais da área.Tendo como tema “A saúde no século XXI”, os Distrito 1970 e 2080 de Rotary International dinamizaram, na quinta-feira, 17 de dezembro, uma reflexão sobre o presente e futuro da saúde em dois países largamente afetados pela pandemia da covid-19, apoiados por dois profissionais da área.
Carlos Alberto Silva, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, uma das unidades hospitalares mais afetadas pela pandemia, olhou para o futuro, com um apelo aos cidadãos: “vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para não ter de ir ao hospital. Vamos pedir aos governantes para investir em políticas de promoção da saúde (alimentação saudável, fomento da prática desportiva…)”. Apesar da esperança na vacina, mostrou “preocupação com as gravosas consequências económicas”, incentivando a aprendizagens para produzir local, como foi o caso da produção de máscaras.
Carlos Alberto Silva elogiou ainda a solidariedade dos hospitais e a virtude do trabalho em rede. O seu centro hospitalar, considera, “serviu de exemplo a outros hospitais, no que toca a solidariedade, sendo que os outros hospitais não precisaram de atingir o ponto de saturação” para a transferência de doentes.
De Itália, através de Pierluigi Bartoletti, Secretário Nacional da Federação Italiana de Medicina Geral e Coordenador da Unidade Especial Covid-19 no Instituto Nacional de Doenças Infeciosas Lazzaro Spallanzani (Roma), veio o alerta para o facto da covid-19 “ter um forte impacto social e psicológico”, lamentando que, “no início, houvesse muita confusão e desvalorização do vírus”. A vacina está aí, mas isso não anula as cautelas deste clínico: “antevejo um ano difícil”.
Sérgio Almeida, Governador do Distrito Rotário 1970, considerou que o tema exige “visão holística e agregadora é necessárias”, até porque “não há economia sem saúde”. Mas a sua mensagem é de esperança e vontade de abrir oportunidades. “Rotary tem estado com o mundo nos momentos mais difíceis e é assim que vamos continuar”, disse.
Giovambattista Mollicone, Governador do Distrito 2080, louvou a iniciativa e união entre os dois Distritos, reconhecendo que “é precisa a experiência de Rotary de interação com a sociedade”.