Criar ambiente convidativo no clube
Rotary International

Criar um ambiente convidativo no clube

Por Tom Gump, ex-Governador do Distrito 5950 e membro da Comissão de Desenvolvimento do Quadro Associativo do Rotary International

Eu adoro o mês de agosto por ser a época do ano em que o Rotary redobra o seu foco no quadro associativo. Como organização formada por membros, precisamos de mais gente para crescer e aumentar a nossa atuação positiva. É pelo caminho do servir que causamos impacto duradouro e mantemos os membros envolvidos.

Existem pelo menos três métodos para fortalecer o quadro associativo. Podemos concentrarmo-nos na atração de novos membros, no envolvimento dos atuais membros e na fundação de clubes que satisfaçam necessidades distintas para atrair um público específico. Em diferentes épocas e lugares, os presidentes do Rotary International dedicam-se sempre a todas estas áreas.

Tom Gump: os membros têm o direito de se manifestar e tomar decisões sobre o que desejam para o clube.

O presidente do RI de 2020-21, Shekhar Mehta, lançou no ano passado a campanha “Cada Um Traz Um”, ao exortar todos os membros a convidar pelo menos uma pessoa para uma reunião ou evento do seu clube. Com isso, o Rotary registou um aumento real no número de membros durante o ano rotário 2020-21.

Visando impulsionar o crescimento do quadro associativo, a presidente Jennifer Jones pede-nos para primar pelo conforto e zelo relativamente aos nossos membros (saiba mais sobre as iniciativas presidenciais). A presidente está certíssima. Alguns estudos revelaram que o motivo número um das pessoas saírem dos seus clubes é o desconforto que sentem relativamente à cultura e o ambiente do clube. E muitos dos que ficam não se sentem à vontade para convidar alguém.

Contudo, antes de abordarmos aspetos culturais de um clube, temos de entender o que isso significa. Para este fim, a presidente Jennifer sugere que realizemos pesquisas logo após a admissão para sabermos a opinião dos novos membros relativamente ao clube. Assim que tivermos uma boa ideia de como o clube é visto, podemos considerar se precisamos mudá-lo e decidir qual a melhor maneira de criar um ambiente acolhedor para todos.

Um Rotaract Club no meu distrito demonstrou o valor de se criar um ambiente acolhedor e de cuidar dos seus membros. O Rotaract Club de Kaleidoscope, nos EUA, dá a oportunidade a pessoas com autismo e às suas famílias de se ligarem e servirem na comunidade.

Para formar o clube, fizemos parceria com a Minnesota Independence College and Community (MICC), uma entidade sem fins lucrativos que oferece formação profissionalizante e ocupacional para jovens adultos com autismo. O MICC oferece cursos de nível universitário num campus com alojamento para os seus alunos. O Rotaract Club dá suporte ao trabalho da faculdade e, embora seja baseado em causas, permanece inclusivo para todos. Entre os membros, há estudantes, familiares de autistas e professores, assim como outras pessoas interessadas em ajudar aqueles com autismo.

Na formação deste clube, constatamos que precisamos de:

  • ouvir os membros, pois eles têm o direito de se manifestar e tomar decisões sobre o que desejam para o clube;
  • conhecer bem as causas que escolhemos defender e as pessoas que queremos ajudar para que a nossa comunicação estimule outros a juntar-se a nós para fazer a diferença;
  • permanecer flexíveis e questionar ideias preconcebidas. A título de exemplo, os membros acreditavam que uma pessoa com autismo poderia e deveria presidir o clube. Estavam certos, e esse presidente fez um trabalho incrível.

Sejamos intencionais ao prezar pelo conforto e zelar pelos nossos membros, fatores importantíssimos para o aumento do quadro associativo, ao assegurarem que todos se sintam valorizados e tenham orgulho do seu clube. Quando isso acontece, convidam outras pessoas para o Rotary e a organização cresce e avança.

Adaptado de Vozes do Rotary